sexta-feira, 10 de junho de 2011

PREVINA-SE! USE CAMISINHA.


A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada. Por isso, use camisinha sempre.

Mas o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças, que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico, previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.

Guardar e manusear a camisinha é muito fácil. Treine antes, assim você não erra na hora. Nas preliminares, colocar a camisinha no(a) parceiro(a) pode se tornar um momento prazeroso. Só é preciso seguir o modo correto de uso. Mas atenção: nunca use duas camisinhas ao mesmo tempo. Aí sim, ela pode se romper ou estourar.

Onde pegar:

Os preservativos masculino e feminino, assim como géis lubrificantes, são distribuídos gratuitamente em toda a rede pública de saúde. Caso não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997). Também é possível pegar camisinha em algumas escolas parceiras do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas.

Camisinha masculina

O preservativo masculino ou camisinha é uma capa de borracha (látex) que, colocada corretamente sobre o pênis, evita a transmissão de aids, hepatites virais e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). Serve, também, para evitar a gravidez.

Cuidados com o preservativo masculino

Para não estourar, a camisinha merece cuidados especiais:
  • Armazená-la afastada do calor (como bolso de calça, porta-luvas ou amassada em bolsas);
  • Observar integridade da embalagem, bem como o prazo de validade;
  • Usar apenas lubrificantes de base aquosa (gel lubrificante), pois os lubrificantes oleosos (vaselina ou óleos alimentares) danificam o látex, ocasionando sua ruptura.

Uso correto
  • Sempre colocar a camisinha antes do início da relação sexual;
  • Por a camisinha quando o pênis estiver duro;
  • Encaixar a camisinha na ponta do pênis, sem deixar o ar entrar, e desenrolar até que ele fique todo coberto;
  • Não deixar a camisinha ficar apertada na ponta do pênis – o espaço vazio na ponta da camisinha servirá de depósito para o esperma;
  • Apertar o bico da camisinha até sair todo o ar, com cuidado para não apertar com muita força e estragar a camisinha.
  • Substituir o preservativo imediatamente, em caso de ruptura;
  • Após a ejaculação, com o pênis ainda ereto, retirar a camisinha, segurando-a pela base para que não haja vazamento de esperma;
  • Não reutilizar o preservativo e descartá-lo no lixo (não no vaso sanitário) após o uso.

Por que a camisinha estoura

-más condições de armazenamento;
  • não observação do prazo de validade;
  • danificação da embalagem;
  • lubrificação vaginal insuficiente;
  • sexo anal sem lubrificação adequada;
  • uso de lubrificantes oleosos;
  • presença de ar e/ou ausência de espaço para recolher o esperma na extremidade do preservativo;
  • tamanho inadequado do preservativo em relação ao pênis;
  • perda de ereção durante o ato sexual;
  • contração da musculatura vaginal durante a retirada do pênis;
  • retirada do pênis sem que se segure firmemente a base do preservativo;
  • uso de dois preservativos (devido à fricção que ocorre entre eles);
  • uso de um mesmo preservativo durante coito prolongado.

Camisinha feminina

O preservativo feminino também serve para se prevenir contra a aids, hepatites virais e outras doenças sexualmente transmissíveis. Assim como a opção masculina, também evita uma gravidez não desejada. Por ficar dentro do canal vaginal, a camisinha feminina não pode ser usada ao mesmo tempo em que a masculina. É feita de poliuretano, um material mais fino que o látex da camisinha que envolve o pênis. É, também, mais lubrificada.

A camisinha feminina é como se fosse uma “bolsa” de 15 centímetros de comprimento e oito de diâmetro e possui dois anéis flexíveis. Um é móvel e fica na extremidade fechada, servindo de guia para a colocação da camisinha no fundo da vagina. O segundo, na outra ponta, é aberto e cobre a vulva (parte externa da vagina).

Cuidados com o preservativo
  • Para não estourar, a camisinha merece cuidados especiais:
  • armazenar afastado do calor, observando-se a integridade da embalagem e prazo de validade;
  • não usar com o preservativo masculino;
  • ao contrário do preservativo masculino, o feminino pode ser colocado até oito horas antes da relação e retirado com tranqüilidade após a relação, de preferência antes de a mulher levantar-se, para evitar que o esperma escorra do interior do preservativo;
  • já vem lubrificado; no entanto, se for preciso, devem ser usados lubrificantes de base oleosa fina na parte interna;
  • para colocá-lo corretamente, a mulher deve encontrar uma posição confortável (em pé com um dos pés em cima de uma cadeira, sentada com os joelhos afastados, agachada ou deitada).

Uso correto
  • O anel móvel deve ser apertado e introduzido na vagina. Com o dedo indicador ele deve ser empurrado o mais profundamente possível para alcançar o colo do útero; a argola fixa (externa) deve ficar aproximadamente 3 cm para fora da vagina; durante a penetração o pênis deve ser guiado para o centro do anel externo.
  • Com o vaivém do pênis, é normal que a camisinha se movimente. Se o anel externo estiver sendo puxado para dentro, é necessário segurá-lo ou colocar mais lubrificante.
  • Uma vez terminada a relação sexual, a camisinha deve ser retirada apertando o anel externo. É preciso torcer a extremidade externa da bolsa para garantir a manutenção do esperma no interior da camisinha. Depois, basta puxar o preservativo para fora delicadamente. E a cada nova relação deve-se usar um novo preservativo.

Acompanhamento durante a gravidez

Toda mulher grávida deve fazer o pré-natal e os exames para detectar a aids e a sífilis.Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão dessas doenças da mãe para o filho.
O teste para diagnosticar a  sífilis deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores), pois a sífilis congênita pode causar aborto e má-formação do feto, entre outros problemas. Caso o exame dê positivo, é muito importante que o tratamento seja feito com penicilina, pois este é o único remédio capaz de tratar a mãe e o bebê. O parceiro também deverá comparecer ao serviço de saúde para ser orientado e tratado, a fim de evitar a reinfecção da gestante. Todos os bebês devem realizar exame para sífilis, independentemente dos exames da mãe. Se o bebê for diagnosticado com sífilis congênita, ele precisará ficar internado por 10 dias para receber o tratamento adequado.

Já a testagem para o HIV é recomendada no 1º e 3º trimestre da gestação. Mas, no caso de gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria maternidade, por meio do Teste Rápido para HIV. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos para prevenir a transmissão para o feto. Recebem, também, o acompanhamento necessário durante a gestação, o parto e a amamentação. Para minimizar o risco de transmissão, o recém-nascido também deve fazer uso desse mesmo medicamento por seis semanas.

A transmissão do HIV também pode acontecer durante a amamentação, por meio do leite materno. A mãe que tem o vírus não deve amamentar o bebê, sob risco de transmissão da doença para o seu filho. É orientada a suspensão da amamentação e a inibição da lactação. Portanto, o leite da mãe deve ser substituído por leite artificial.

Por que fazer o teste

Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida.

Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente, nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento - CTA . Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque-Saúde (0800 61 1997).

Fonte:
http://www.aids.gov.br